Ontem me deparei com um artigo que muito me
decepcionou no blog do “Centro Evoliano da América”, do prof. Marcos Ghio. O
texto intitula-se PORQUÉ DEFENDEMOS
O FUNDAMENTALISMO ISLÁMICO?
Não é a
minha intenção acirrar os debates acalorados nem as rixas existentes, que
apenas podem favorecer aos reles difamadores e idiotas que se opõem à nossa
mundividência, mas o grande problema aqui é a falta de coesão que se apresenta
entre aqueles que se identificam com o pensamento da Terceira Via. O
intelectual citado, é um homem muito inteligente e grande divulgador do
pensamento evoliano em todo o mundo. Tem razão em alguns pontos relevantes, mas
infelizmente na essência mantém uma postura, digamos; exotérica e eclética…
Cristianismo e Islamismo são religiões que reconhecem sobretudo ao judeu, a
soberania espiritual sobre o Ariano (mesmo que indiretamente), tentando
deliberadamente desqualificar e suprimir o passado pan-Ariano, a Mitologia
Ariana, os Templos Arianos (construindo sobre eles ao longo da história, as
suas sinagogas, basílicas e mesquitas, ou simplesmente destruindo-os em acções
de bárbaro vandalismo e desrespeito, como no caso mais ou menos recente dos
Budas de Bamiyam profanados pelos Talibans), e por fim; tentando obliterar,
assimilar ou levar ao “melting pot” o pouco que ainda resta biologicamente da
Raça Ariana
Ainda que algumas suratas do Corão e epístolas do Novo Testamento façam
críticas abertas ao povo judeu; a base judaica permanece lá, e com ela, todos
os profetas e personagens reais ou fictícias, com todo o imaginário mítico,
conjunto de leis e superstições. Encontraremos em ambos, o mesmo espírito
hebreu, e ANTI-ARIANO, que foi responsável por aquilo o que Nietzsche - com
razão - chamou: “A rebelião escrava na moral”, que subverteu quase todos os
valores nobres, Arianos por excelência, em blasfêmias e impiedades...
Quando o professor Ghio compara o califado islâmico ao Sacro Império, de
maneira descontextualizada e passível de levantar suspeitas acerca da sua
honestidade intelectual, isto é digno de ser rebatido!.. Ora… Em última
análise, o único califado actualmente existente, seria a Arábia Saudita. Esta
nação alinhada com as potências do mundo moderno - seria algo comparável ao
sacro Império? E o Qatar… Ou talvez o Dubai? Claro que sim! Em vários aspectos.
– Sendo o principal deles o facto do tal “Califado Islâmico” estar tão morto
quanto o Sacro Império Romano Germânico. Parece que no fundo, o fundamentalismo
islâmico que o professor defende, é o mais primitivo e selvagem possível, tal
como o do Sudão por exemplo – que de qualquer forma estaria também distante do
conceito medieval, constituindo uma espécie de fundamentalismo tribal e
telúrico.
Se a Tradição significa sermos nostálgicos e saudosistas de tempos em que não
vivemos e que infelizmente não retornarão, que fiquemos ao menos com o
poucochinho ainda subsiste das TRADIÇÕES QUE NOS PERTENCEM, pois se temos
Platão, Aristóteles e Licurgo para que diabos precisaríamos de Moisés, Paulo ou
Maomé? Se tivemos a Lacedemônia e o Sacro Império, para quê quereríamos também
o califado?
Quando
coloca os islâmicos como um exemplo na luta contra as drogas, haverá algo mais
equivocado? No Afeganistão e em outras partes do mundo islâmico existem milhões
de viciados em ópio (e derivados), haxixe e outras porcarias... Apenas não
consomem bebidas alcoólicas (ou até consomem, como na Turquia p. ex.) - Sem
falar que muitos islâmicos também desempenham um papel fundamental na produção
e distribuição de narcóticos para as redes criminosas que operam na Europa...
Quando celebra e glorifica o suposto anti-racismo do Islão (oh, saudades de Ibn
Khaldun a descrever os negros!), criticando com desdém a "barbárie
racista" europeia, não consigo deixar de notar neste discurso, um certo
desprezo pela Europa e uma falta de respeito pela própria raça, semelhante à
dos agentes globalizantes e politicamente corretos que tanto na Europa quanto no resto do mundo, ingerem e ministram todo este veneno multicultural e multi-racial da
globalização, tal como é imposto pela NOM através dos meios culturais e
mediáticos. É isto que se pode esperar de um Evoliano?
Será que este senhor tão culto, ainda não se deu conta que um dos símbolos
principais do Islão é A LUA CRESCENTE - Quem sabe, se numa oposição
simbólica à Tradição Solar?
É pena...
Infelizmente o professor não parece ter percebido a mensagem. Está
constantemente a menosprezar, atacar e criticar aqueles com os quais deveria colaborar
sem reservas e idiossincrasias, numa atitude Solar e genuinamente Evoliana.
No final do texto, usa uma figura de linguagem curiosa, retirada da tradição
paulina, e faz alusão aos ‘equivocados’ “pseudo-evolianos racistas” que
“pululam” no Velho Continente – e diz: "Talvez Deus os tenha cegado"… Assumindo que por “Deus” se refere ao demiurgo abraâmico, o deus
desconhecido (ou não reconhecido) sobre o qual certamente Parāśara
fala a Maitreiya no sexto livro do Vishnu Purana (e que pela segunda vez é
usado por alguém para refutar os argumentos do professor), quando descreve
alguns aspectos da Kali Yuga e diz que -“deuses não reconhecidos
receberão honra”- Pois bem, isto faz remeter a um episódio da tradição
paulina do novo testamento, passado justamente em Atenas – “berço da democracia”
- onde o fariseu Paulo de Tarso no meio do seu trabalho de
subversão, típico da alma judia, nos oferece a confirmação da visão de Parāśara
Muni sobre a Era de Kali.
"E,
estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo
um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários,
achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Este, pois,
que vós HONRAIS não o conhecendo é o que eu vos anuncio." ATOS 17:22,23
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Que o Mundo
Moderno e que o Ocidente devem mudar radicalmente ou perecer; isto é FACTO, mas
pretender elevar o mundo islâmico a um estatuto exemplar e sem mácula do que é
(ou deveria ser) a Tradição, ao ponto de subscrever uma tal “aliança” quimérica com o fundamentalismo islâmico - das duas, uma: Isto é ingenuidade ou má intenção. Em virtude deste tipo
de interpretação desastrada, embora douta; a obra de Evola não é encarada da
maneira correcta e com a devida seriedade por alguns círculos dentre os poucos
indivíduos e grupos do Ocidente que ainda pretendem resistir contra a
perpetuação do caos da pós-modernidade. Os homens da terceira via não se ajoelham
perante deus nenhum, muito menos perante o deus semita.
Evola, sabia ressaltar os pontos positivos de todas as tradições, e muitas
vezes incluía mesmo alguns povos não-ocidentais e até selvagens em suas
apreciações, como exemplos da atemporalidade e universalidade do mundo da
Tradição, mas nunca, em hipótese alguma defendeu uma mundividência estranha em
detrimento da Ariano-Romana, muito menos demonstrou alguma vez uma postura
servil para com interesses e tipos de ascese que fossem alheios à identidade
Ariana. Escreveu de maneira inequívoca, vedada a interpretações ecléticas:
“As
denominadas religiões de salvação (religiões abraâmicas) – as Erlösungsreligionem, como se diz em
alemão – não aparecem seja no Oriente como no Ocidente, senão tardiamente,
após o relaxamento da tensão espiritual original, de uma ofuscação da consciência
olímpica, e não como última causa; por INFLUXO de ELEMENTOS
ÉTNICOS-SOCIAIS INFERIORES.” – Julius Evola in “A Doutrina do
Despertar”, cap II – A Arianidade da Doutrina do Despertar.
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